O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do presidente dos Estados Unidos Barack Obama que assuma mais responsabilidades em relação à redução da poluição no mundo - e quer números que mostrem o compromisso. "Não tem como escapar", disse Lula sobre a apresentação das metas de redução de gases causadores de efeito estufa.
Ele lembrou que os EUA é o país que mais polui e que o acordo firmado com a China (segundo maior poluidor) para não apresentar metas de redução de poluição não pode virar um "escudo" para que um proteja o outro. "Todos têm que apresentar números, não podemos aceitar EUA e China de fora desse processo", cobrou o presidente brasileiro, que confirmou pela primeira vez a presença na conferência sobre o clima, que acontecerá em Copenhague, na Dinamarca, no próximo mês.
Além de Lula, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, também confirmaram presença.
Nesta semana, um acordo entre China e EUA pegou boa parte do mundo de surpresa. Em um encontro, Barack Obama e Hu Jintao decidiram não apresentar metas de redução de poluição este ano, jogando o compromisso para "um segundo momento". "Não pode nem os EUA se escudarem na China e nem a China se escudar nos EUA", disse Lula.
"A China tem um compromisso com os países emergentes e os números que os EUA mostraram até agora são muito pequenos em relação à quantidade de emissões deles nos últimos 150 anos".
O presidente do Brasil garantiu sua ida a Copenhague, na Dinamarca, por acreditar que, neste momento, "somente a presença dos líderes poderá mudar alguma coisa". As declarações de Lula encontram eco nos chefes de Estado da Comunidade Europeia que o presidente visitou, como Berlusconi e Sarkozy.
No último final de semana, em Paris, Lula e Sarkozy assinaram uma posição comum sobre o clima chamada por Lula de "bíblia climática" - um documento que reúne alguns dos pontos que há meses estão sendo discutidos para reduzir o nível de poluição no mundo.
TERRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário