Mesmo com maior escolaridade, as mulheres ainda têm rendimento médio inferior aos dos homens em todas as posições ocupacionais. A maior diferença de rendimento médio é na posição de empregador, em que os homens recebem, em média, R$ 3.161, enquanto as mulheres ganham R$ 2.497. A diferença é de R$ 664, o que significa que as empregadoras recebem 22% a menos do que os profissionais do sexo masculino.
A menor diferença entre os rendimentos de homens e mulheres é na posição de empregado sem carteira assinada. A constatação é da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE). O estudo também mostra que a proporção de mulheres dirigentes (4,4%) é inferior à proporção dos homens (5,9%).
Na avaliação do IBGE o próprio fato de as mulheres terem maior escolaridade pode justificar os salários mais baixos em relação aos dos homens, à medida que ter passado mais tempo na escola pode contribuir para "um ingresso mais tardio no mercado de trabalho do que o dos homens".
Segundo a pesquisa, em 2008, na área urbana, a média de escolaridade das mulheres ocupadas foi de 9,2 anos de estudos, enquanto para os homens foi de 8,2. Na área rural, as médias são menores, no entanto, a das mulheres (5,2 anos de estudo) também supera a dos homens (4,4 anos de estudo).
"Entre as pessoas com 12 ou mais anos de estudo (nível superior completo ou incompleto), a desigualdade entre homens e mulheres é ainda maior. Verificou-se, em 2008, que, no Brasil, de cada 100 pessoas com 12 anos ou mais de estudo, 56,7 eram mulheres e 43,3 eram homens", acrescenta o documento.
A análise da proporção de mulheres ocupadas entre 1998 e 2008, segundo o IBGE, revela um aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, passando de 42,0% para 47,2% no conjunto do país. "Em todos os grupos etários analisados, a taxa de ocupação das mulheres aumentou, exceto entre as meninas de 10 a 15 anos, que registrou queda de 11,5% para 6,4%, resultado de algumas políticas federais de redução do trabalho infantojuvenil", constata o estudo.
Agência Brasil
Um comentário:
Muito interessante a matéria, Ivanilda. Apesar de ser homem, nunca concordei com essa distinção que ocorre. Até por achar, com sinceridade, que as mulheres sempre são mais cuidadosas do que nós, são comprometidas e sempre procuram mostrar trabalho. Você é um belo exemplo disso que falei.
Um abraço.
Cassildo.
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