quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A corrida brasileira pela conectividade na Copa

Com a expectativa da Copa do Mundo em 2014, está previsto que o Brasil passe por uma série de mudanças em sua infraestrutura. Porém, muito vem sendo discutido sobre o fato de o país não estar pronto para receber um evento de dimensões globais dentro dos prazos estabelecidos, principalmente no que diz respeito aos setores de TI e Telecom.

As chamadas "TICs" (Tecnologia da Informação e Comunicação) fazem parte da segunda etapa do planejamento para a Copa do Mundo de 2014. Toda essa base deveria estar pronta até 2012, pois servirá para as transmissões esportivas e serviços aos turistas e cidadãos brasileiros interessados em acompanhar os jogos.

Porém, faltando menos de três anos para a Copa, o governo brasileiro ainda está definindo critérios para a implementação do Plano Nacional da Banda Larga (PNBL). Este já está atrasado, uma vez que as regiões Nordeste e Sudeste, onde ficam mais da metade das 12 cidades-sede dos jogos, já deveriam ter recebido as conexões desde 2010, conforme o projeto inicial. Ainda em abril de 2011, houve um debate com o objetivo de decidir se a conexão do plano seria de 600 Kbps, o que é insuficiente, ou de 1 Mbps, pelo preço de R$ 35,00.

É evidente que o Brasil está muito atrasado na corrida global pela conectividade. Mas, olhando a situação por um prisma mais otimista, podemos pensar que dificilmente o país daria os seus primeiros passos espontaneamente para o PNBL. Apenas um evento de dimensões colossais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas poderão nos trazer algum benefício de infraestrutura em maior escala. O que nos resta é torcer para que algum legado reste à população brasileira após os eventos esportivos. Se a internet popular realmente chegar a todos os municípios nacionais até 2014, como foi prometido, já teremos alguma coisa.

*Luiz Oliveira é diretor de SMB da Netgear Brasil.

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