O crescimento é atribuído aos novos estudantes oriundos majoritariamente das classes C e D, que trabalham durante o dia e por isso buscam a graduação à noite. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2002 e 2009, a proporção de universitários originários dessas classes sociais subiu de 45,3% para 72,4%.
Estrutura adequada
Para atender melhor esses alunos e garantir que eles permaneçam na instituição até a conclusão do curso, é preciso atentar às diferenças no perfil dos estudantes do diurno e noturno. "Normalmente não há uma gestão específica para esses segmentos, o que é uma falha. Isso pode desmotivar o aluno e afastá-lo da escola", diz Humberto Felipe da Silva, consultor educacional da TP&S Consultoria.
Para a professora Lourdes de Fátima Possani, doutora em Educação pela PUC São Paulo e organizadora do livro Reforma Universitária: sinais do Sinaes, um dos pontos mais importantes refere-se ao currículo e a questões pedagógicas. "Precisamos de um currículo diferenciado, que considere a peculiaridade do aluno trabalhador, sem que haja empobrecimento em relação a conteúdos e metodologia de ensino, bem como apoio pedagógico específico nas áreas onde for detectada maior necessidade de acompanhamento", afirma a educadora.
Edson Nunes, pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da Universidade Candido Mendes, também é favorável a um currículo ajustado. "`Podem-se oferecer disciplinas de educação suplementar, que complementem o conteúdo do curso", aponta Nunes.
Leia na íntegra: http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12829
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