Risco de desenvolver um tumor na região da cabeça ou do pescoço, categoria na qual se inclui o tipo de câncer do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é quatro vezes maior para quem bebe ao menos um copo de cerveja por semana durante um a 15 anos. Esse risco é seis vezes maior para a pessoa que bebe até 10 doses de cachaça por semana ou 10 vezes mais elevado para quem, em vez de cachaça, prefere uísque.
As conclusões, que são parte de um artigo publicado em 2001 pelo periódico Cancer Causes and Control, foram divulgadas pelo Hospital A.C.Camargo, um dos maiores centros de tratamento oncológico da América Latina. De acordo com o cirurgião José Magrin, da instituição, o risco se deve à ação do próprio álcool ou de seus subprodutos sobre a camada de células que reveste órgãos como a laringe, a faringe e a amídala.
O médico Luiz Paulo Kowalski, diretor do Núcleo de Cabeça e Pescoço do A.C.Camargo, alerta também para o risco gerado pelo tabagismo. “A possibilidade de câncer de laringe sobe ao menos cinco vezes para as pessoas que fumam e fica entre oito e 11 vezes maior para quem fuma cigarro industrializado, cigarro de palha ou cachimbo", alerta o especialista.
Em pesquisa que contou com sua participação, ficou claro que esse risco diminui consideravelmente entre cinco e dez anos depois que a pessoa para de fumar (no caso do cigarro).
Outro fator de risco associado a esse tipo de câncer é a hereditariedade, algo que não pode ser evitado. Quem tem um parente de primeiro grau - pais, irmãos ou filhos - com um tumor maligno em qualquer parte do corpo corre risco de 1,2 a 2,4 vezes maior de desenvolver câncer de cabeça e pescoço.
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