“Essa homenagem mais parece uma medalha do fundamentalismo cristão. Fico escandalizado que a Câmara possa conceder uma homenagem desse porte a pessoas que violam as liberdades de expressão”, disse ao Congresso em Foco. A indicação foi feita pelo deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), que defende o direito de o líder evangélico expressar o que pensa.
Na semana passada, Malafaia causou polêmica ao declarar à revista Época que iria “arrebentar” e “fornicar” Toni Reis, atual presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (ABGLT). “Eu vou arrebentar o Toni Reis… Eu vou fornicar esse bandido, esse safado. Eu vou arrombar com esses…”. O caso repercutiu no Twitter, levando a hashtag #MalafaiaresolveuFornicar aos “trending topics”, ranking de assuntos mais comentados no microblog.
“Mal entendido”
Em seu perfil no Twitter, o pastor afirmou que a revista publicou o termo errado. O pastor afirmou que foi mal interpretado pela revista. Ele contou que disse que iria “funicar”, expressão carioca que, segundo ele, significa “ferrar”. “Na linguagem vulgar, ‘funicar’ significa ‘ferrar’ o movimento gay”, escreveu.
Além de Malafaia, outros seis líderes de igrejas neopentecostais também estão entre os agraciados pela Câmara com a maior honraria da Casa por causa dos serviços que essas personalidades têm prestado à sociedade.
Mérito legislativo
Desde 1983, a medalha de Mérito Legislativo é entregue anualmente pela Câmara a personalidades brasileiras ou estrangeiras que realizam serviços de relevância para a sociedade. Os deputados indicam os agraciados que recebem a medalha das mãos do presidente da Casa e do segundo-secretário.
Ao todo, 39 pessoas serão agraciadas. Entre elas, o empresário Eike Batista, o assessor especial do Ministério da Defesa, José Genoíno, o editor e presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ) e o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), entre outros.
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