terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cárie é o principal problema de saúde da boca do brasileiro

Do Estado de Minas

O brasileiro é conhecido mundialmente por sua alegria, mas, no quesito sorriso, nem sempre aparece bem no comercial de pasta dental. A cárie é o principal problema de saúde da boca, conforme demonstrou a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (Projeto SBBrasil 2010). Quase 30% das crianças de 18 a 36 meses apresentaram pelo menos um dente decíduo (de leite) com cárie. A proporção chega a quase 60% na faixa de 5 anos. Na dentição permanente, 56% das crianças de 12 anos e cerca de 90% dos adolescentes (15 a 19 anos) tiveram ao menos um dente com cárie. Mas no Dia Nacional de Saúde Bucal e também em homenagem aos dentistas, há motivos para comemorar.

De acordo com a pesquisa, foram verificadas melhoras em relação a 2003. Na idade de 12 anos, usada mundialmente para avaliar a situação em crianças, a doença atingia 69% da população em 2003. Essa porcentagem diminuiu para 56% no ano passado. Esse declínio de 13 pontos percentuais corresponde a uma diminuição de 19% na prevalência da enfermidade. O número médio de dentes atacados por cárie também diminuiu nas crianças: eram 2,8 em 2003, caindo para 2,1 em 2010, uma redução de 25%.
Outro problema que atinge a saúde bucal do brasileiro é a doença gengival (gengivite, que é a inflamação da gengiva), causada principalmente pela placa bacteriana e pelo tártaro. Outros problemas que podem afetar a boca são as lesões ósseas e de mucosa (tecidos moles), bem como o câncer. A saúde bucal é fundamental para o bem estar do indivíduo. Durante muitos anos, o termo era definido como a ausência de doenças na boca. Atualmente, dentro de uma abordagem multidisciplinar, a Organização Munidal de Saúde (OMS) define a saúde como o estado de completo bem-estar físico, mental e social do indivíduo, e não apenas a ausência de doença. “A saúde não é uma condição estável, que uma vez atingida possa ser mantida. É importante que permanentemente sejam tomadas medidas de promoção e proteção à saúde bucal”, afirma Fátima Porto.

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