quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Anorexia afeta cada vez mais crianças menores de 10 anos


Um documentário produzido para o Canal 4 da Inglaterra, e que foi ao ar no Brasil pelo Discovery Home & Health no mês passado, chamou a atenção para um drama cada vez mais comum nos consultórios médicos: a anorexia entre crianças.
O programa 8 anos e Anoréxica mostra de maneira chocante o caso de Dana, uma garota britânica que luta para não morrer em decorrência da desnutrição causada pela doença.
A anorexia nervosa é um transtorno alimentar que se caracteriza pela busca incessante pela magreza. A vítima tem uma distorção da própria imagem corporal e, por mais que esteja magra, continua se achando gorda. Para perder peso, para de comer totalmente, passa a fazer exercícios físicos intensos e, muitas vezes, provoca o vômito.
O mal é descrito na literatura médica desde o século 17, e desde então, a doença não mudou suas características básicas. O que mudou foi o público alvo.
Cada vez mais cedo as crianças são expostas a essa cultura de que precisamos ser magros. O gordo é motivo de chacota na escola. Cria-se uma falsa sensação de maturidade entre essas crianças.
A anorexia nervosa é uma doença multifatorial, ou seja, é causada por vários fatores, como genético, biológico, psicológicos, familiar e sócio-cultural. O que os especialistas têm percebido é uma mudança maior no fator cultural, que poderia explicar a diminuição da idade entre as pacientes.
- A preconização da magreza, de maneira geral, pode servir como gatilho da doença. Há pressa em tornar-se adolescente. Hoje, as meninas de sete, oito anos, vão a salões de beleza, se produzem como moças. É uma sobrecarga que elas não estão prontas para viver.
E por incrível que pareça, todas as pacientes atendidas por Maria Angélica afirmam, categoricamente, que têm medo de engordar. Elas querem, de fato, ser magras.
R7

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