terça-feira, 25 de agosto de 2009

Para o paciente de câncer, quanto mais barulhenta as salas de espera, melhor

The New York Times

Quanto mais você penetra nos labirintos da medicina, mais tranquilas se tornam as salas de espera.Sou paciente de câncer há um ano. Notei que, quanto mais perto chegamos da mortalidade crua, mais somos reduzidos a cochichos e silêncio. Nas salas de espera da oncologia, somos transformados - passamos de clientes, meros consumidores, a suplicantes.
A maioria de nós conhece o friso espantoso de uma sala de espera típica, seja o desorganizado laboratório de análises clínicas lugar sem pessoal suficiente ou o esconderijo administrado por seu médico. Há o barulho irritante da televisão (devo admitir que simplesmente não entendo Rachael Ray e todas as suas fãs que batem palma e vibram com receitas), o cemitério de revistas velhas e gastas (já esperei numa sala onde se podia manusear exemplares da revista Country Music Weekly de 1992), e os suspiros não reprimidos de impaciência e indignação.

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